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quinta-feira, 4 de abril de 2013

#12 "Sampa" - As 100 Melhores Músicas Brasileiras de Todos os Tempos


12ª
"Sampa"
Caetano Veloso
(1978)
do álbum Muito - Dentro da Estrela Azulada


A São Paulo e seus hinos, já vimos "Trem das Onze" que é vista como hino dos anos 60 e após a cidade se modificar devido a tecnologia e outros parâmetros a canção hino da cidade e uma das melhores já gravadas é "Sampa", escrita e produzida por Caetano Veloso

A magia desta canção é o estilo tipicamente paulista e ao mesmo tempo brasileiro, onde uma mistura de samba-canção e chorinho nos faz envolver com boas lembranças da cidade e a voz de Caetano cantando com seu sotaque baiano mostra que São Paulo é a terra de todos, das oportunidades. A canção ganhou prêmios de música, rendendo também para a bela interpretação de Caetano e hoje a canção é um dos patrimônios culturais da cidade de São Paulo sendo executada em eventos especiais como o aniversário, mas além disso a canção está em grandes listas da MPB como uma das melhores de todos os tempos.


Veja o vídeo da canção



Letra: "Sampa"

Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e Av. São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e avenida São João

Quando eu te encarei frente a frente e não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vem de outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mas possível novo quilombo de Zumbi
E os Novos Baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa


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