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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Conheça sobre o game de Deadpool para XBox e Play 3


Deadpool é um dos mais queridos personagens da Marvel. Nem mesmo a desastrosa aparição em X-Men: Origens - Wolverine diminuiu tal adoração. Desbocado e escatológico, o anti-herói ganhou espaço na mídia nos últimos anos e agora tem um game próprio, feito pela High Moon Studios (Transformers: Fall of Cybertron). As principais características dele estão lá: falatório incessante, inúmeras armas, violência caricata e um ego tão majestoso que acaba por atrapalhar a própria narrativa.


Deadpool, assim como Wolverine, é um filho do Projeto X, que deu a algumas pessoas normais poderes mutantes. No caso de Wade Wilson, antigo nome dele, o fator de cura veio junto com uma demência mental. Em contra partida às habilidades que ganhou, Wilson ficou completamente desfigurado, sendo obrigando a usar uma roupa que escondesse todo o corpo. No jogo, essa história é resumida a uma rápida sequência de imagens. Não há o interesse de explorar qualquer traço de personalidade, passado ou questionamentos do protagonista. A proposta é simplesmente rir dos próprios problemas e fazer piada com os estereótipos de quadrinhos e games.

Depois de um tutorial simplório, o jogador é apresentado a história: Deadpool quer fazer um jogo baseado em suas aventuras e habilidades; mais um produto para complementar a sua mania de grandeza. Escolha, em parte, acertada da High Moon - os melhores momentos do jogo estão, de fato, nas piadas proferidas pelo protagonista. O principal problema reside na existência única desta virtude, o que acaba levando o jogo a explorá-la sem parar.


Por mais divertido que seja acompanhar os cômicos diálogos entre Deadpool e os outros personagens da Marvel que surgem na história (Wolverine, Psylocke, Cable, Vampira e Sinistro), em dado momento tudo se torna enfadonho. Nem mesmo a incrível dublagem de Nolan North (Uncharted, Assassin’s Creed e Last of Us) deixa a insistência tolerável - ainda mais por grande parte das falas possuírem um teor sexista e preconceituoso, ainda que o contexto seja um tanto quanto desleixado.


Além da repetição de gags, há uma pobreza evidente em relação a construção de fases - todas elas seguem o mesmo padrão lógico, a não ser por raras incursões em segunda pessoa ou sidescroll. Essa regra também se aplica aos modelos de personagens: a não ser Deadpool, o restante dos inimigos e até outras crias da Marvel, possuem um visual genérico e construído com pouco cuidado. Basta notar, por exemplo, as paredes e objetos com padrão artístico idêntico em diferentes pontos do jogo.


Para ver imagens e comentários em vídeos, veja o que diz nosso parceiro Zangado, no vídeo abaixo:




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