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sábado, 20 de outubro de 2012

Avenida Brasil - Uma Novela Que Marcou


O que foi este alvoroço para ver ao último capítulo da novela Avenida Brasil, onde teve trânsito para chegar logo em casa, correria para não perder a novela, reunião em bares e lanchonetes, debates em bancas de jornais e em programas de TV. Ufa! Que novela foi esta que falou com "classe" sobre a Classe C atraindo milhões de pessoas desde o início? Que obra foi esta que João Emanuel Carneiro criou e soube mexer com nossas emoções, reflexos e empatia? Que presença de profissionalismo foi este de toda a equipe técnica e o elenco da novela? Podemos chamar tudo isso de A Grande Novela, O Grande Folhetim, A Grande Obra, O Algoz da Teledramaturgia... Com certeza é uma das maiores novelas de todos os tempos na TV brasileira, não é uma questão por impulso ou comoção por ser uma novela atual, mas com certeza daqui 10 anos se me questionarem sobre a melhor novela das oito/nove responderei Avenida Brasil, isso se surgir outra novela capaz de superar toda esta comoção, porém não acredito que aconteça isto em breve, pois é difícil e raro obras com tamanha magnetude surgirem, claro que há novelas que tem suas marcas, mas apenas marcam por um personagem, uma frase, uma trilha sonora, um enredo, pois a Avenida Brasil conseguiu nos levar a marca de todos os quesitos.

João Emanuel Carneiro se torna um dos maiores gênios da Dramaturgia, isso foi provado após escrever sua primeira Telenovela que foi A Favorita, onde algumas novidades o autor tem nos mostrado e surpreendido e assim foi na carinhosamente apelidada "Oi Oi Oi", a nossa Avenida Brasil que não teve sequer a mocinha, o mocinho e sim a anti-herói que foi a personagem Nina, vivida por Debora Falabella que queria fazer sua vingança, foi o que persseguiu em pelo menos 90% de toda a trama. Carminha, vivida pela melhor atriz desta novela, Adriana Esteves era o alvo da então Rita que com estratégia e cautela buscava planos e soluções para atrair a vingança que foi se revelando ao decorrer da novela, enfim, toda aquela história que você cansou de ver e até reclamava de falta de evolução, mas pelo menos assistia a três suficientes capítulos para não ficar de fora da trama. Críticas? Houve muitas, principalmente de pessoas duvidando do enredo ser sobre a Classe C, com ar mais popular, na abertura logo mostrava o que vinha por aí, mas muitos deixaram a voz calar, ou seja, calar para criticar e levantar a voz da aclamação.


4 comentários:

RaFa . disse...

Concordo. Avenida Brasil foi sem dúvidas um grande marco para as novelas no Brasil. Grandes atores, grandes atuações, trilha, direção em geral.
Mas essa não foi a primeira novela do João Emanuel Carneiro, a primeira foi DA COR DO PECADO.

Abç.

Marcos Megiolaro disse...

Da Cor do Pecado, Cobras e Lagartos. A Favorita foi a estréia do autor no horário Nobre. Uma coisa é fato, João Emanuel Carneiro é mestre em criar tramas e situações que prendam o público. Ganchos a cada intervalos, acontecimentos a cada capítulos, reviravoltas. Não é meu estilo preferido de novelas (Manoel Carlos, Glória Perez, Gilberto Braga e agora Lícia Manzo são meus autores preferidos). Mas é inegável o talento que JEC tem para criar histórias.
Mas no quesito "inovação", digamos que suas tramas passem longe. JEC inova na condução de suas tramas, no formato (Avenida Brasil por muito tempo parecia seriado americano, com começo meio e fim a cada capítulo). Mas suas tramas remetem muito a novelas mexicanas, ou a novelas que já vimos na Globo mesmo. Os gêmeos Paco e Apolo de Da Cor do Pecado, o rico que finge ser pobre pra encontrar um herdeiro em Cobras e Lagartos.
A Favorita inovou por não revelar logo no início quem era a vilã. Mas depois caiu no clichê da mocinha sofredora (Donatela) e a vilã malvada (Flora). Avenida Brasil nos traz o clichê da vingança, já usado em obras do cinema, literatura, teatro e na própria dramaturgia. A inovação dessa vez ficou por conta de a mocinha Nina ser uma anti-heroína. JEC sabe usar os clichês e não tem medo de usá-los. Ele abusa mesmo. E como todos os outros autores ele se repete. Orlandinho e Roni, os gays de A Favorita e Avenida Brasil que terminaram a novela casados com uma mulher (uma ou outra diferença). Carminha presa no canil como a personagem da Emanuele Araújo em A Favorita, as piriguetes Maria Do Céu e Suellem (Débora Secco em AF e Isis Valverde em AVBR). Mas como disse, todos os outros autores repetem tramas, situações e daria pra escrever um livro sobre isso.
Sobre o último capítulo eu esperava mais. Carminha assassina ficou muito óbvio assim como Laura em Celebridade, Olavo em Paraiso Tropical, Clara em Passione.
Bom, deixa eu parar, já escrevi demais! Mas tenho que concordar que Avenida Brasil teve uma repercussão que há muito não víamos e merece o respeito que conquistou durante esse tempo todo.

Anderson Silva disse...

Juro que eu não sabia que ele escreveu outras duas novelas hahaha, pois as duas novelas das 21m é tão cara dele que as outras deixou identidade

RaFa . disse...

A CURA também é dele. E é uma das melhores séries que eu já assisti e que a Globo já fez.

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