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domingo, 30 de abril de 2017

Grandes Discos Brasileiros | 'Toni Tornado' - Toni Tornado (1971)



A música Soul brasileira teve seus momentos bons e ruins na história, mas confesso que pesquisando verifiquei que poucos artistas despontaram ou despontam atualmente nesse estilo. Talvez o grande momento da Soul e Funk brasileiro foi entre os anos 60 e 70 e alguns bons nomes se influenciaram na canção norte-americana, sobretudo por James Brown e conseguiram deixar de um jeito bem brasileiro e marcaram uma geração. Um dos artistas mais lembrados pelo Soul é Toni Tornado, mas teve uma carreira curta como cantor, pois logo entrou para o teatro e tornou-se ator.




Foram apenas dois discos lançados na curta carreira de cantor do Toni Tornado e ambos são ótimos, mas vou destacar o estratosférico Toni Tornado de 1971 que levantou muita poeira na época e trouxe consigo uma canção "carro chefe" que foi um dos grandes hits da década de 70.


Toni Tornado nos anos 70 em um de seus shows

O disco é uma "porrada" atrás da outra com grandes canções do soul com direito a baixos bem afinados, conjunto de backing vocals espetaculares, percussão bem acaloradas e claro, a forma peculiar e forte de interpretação de Toni Tornado. Tudo isso já mostrado na primeira faixa que se chama "Juízo Final" que é uma canção muito bem produzida e vem com uma força imponente e acho uma das melhores deste disco.

O maior hit deste disco é "BR-3" que foi considerada uma das melhores canções do soul nacional de todos os tempos, inclusive é considerada a 65ª melhor canção brasileira pela Rolling Stone Brasil. Essa canção além da ótima interpretação de Toni Tornado tem um time de músicos muito bom como vemos nos backing vocals que são do Trio Ternura, mas eu gosto da performance de Toni e isso pode ser visto no vídeo abaixo.




Toni teve a honra de interpretar duas canções assinadas por Roberto Carlos e Erasmo Carlos e gosto muito da faixa "Não Lhe Quero Mais" que tem uma melodia fantástica com um tom mais romântico. A outra canção é "Papai, Não Foi Esse o Mundo que Você Falou" que tem uma pegada mais Jovem Guarda.




A canção "Dei a Partida"  é uma daquelas canções do disco que lembram bem James Brown e dá aquela vontade de dançar e do jeito que só Toni sabia fazer e muito bem. O mesmo vemos na canção "Eu Disse Amém" e "Breve Loteria" que tem uma mistura de R&B com Rock.

Creio que poucas pessoas atualmente sabem da carreira musical de Toni Tornado e o conhece apenas como ator, mas aproveita esta oportunidade e ouça os dois discos de sua carreira como cantor e uma pena que ele parou com a música. Creio que irão gostar, pois é o puro soul brasileiro e mistura R&B e Rock.


Faixas

Faixa Título Compositor(es)



1
Juízo Final
Renato Corrêa, Pedrinho
2
Não Lhe Quero Mais
Erasmo Carlos, Roberto Carlos
3
Dei a Partida
Getúlio Côrtes
4
Uma Canção pra Arla
Major, Toni Tornado
5
Breve Loteria
Fafi
6
Eu Disse Amém
Getúlio Côrtes
7
BR-3
Tibério Gaspar, Antônio Adolfo
8
Uma Vida
Arnoldo Medeiros, Dom Salvador
9
Papai, Não Foi Esse o Mundo que Você Falou
Erasmo Carlos, Roberto Carlos
10
Me Libertei
Toni Tornado, Frankye
11
O Repórter Informou
Hyldon
12
O Jornaleiro
Major, Toni Tornado


Ouça o Disco



sábado, 29 de abril de 2017

Grandes Discos Brasileiros | 'Rita Lee' - Rita Lee (1980)



Voltamos a falar de uma das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos, sendo facilmente uma das cinco maiores que é Rita Lee que na série Grandes Discos Brasileiros falamos do disco do ano de 1979 e vira e mexe é uma cantora que sempre venho escutando suas obras que são uma das melhores, ou seja, na minha opinião até então Rita Lee tem uma das cinco melhores discografias da história da música brasileira.




O ano era 1980 e até então Rita Lee era um dos maiores sucessos que acontecia nas paradas e uma cantora de muito respeito, ainda mais que ela já tinha assumido 100% sua carreira solo, apesar de que nesse trabalho o envolvimento musical de Roberto de Carvalho já tinha uma crescente, mas ambos trabalhavam de forma muito parecida a ponto de imaginarmos que Rita era quem tomava conta de quase tudo no estúdio.


Rita Lee em 1980

Geralmente alguns artistas quando lançam um grande disco a pressão para lançar um disco tão bom quanto o anterior é enorme e Rita Lee era diferente dos demais e conseguia fazer discos bem equilibrados. O anterior foi um grande sucesso, mas os dois anteriores a 1979 fora um pouco abaixo, ou seja, esperava-se muito do trabalho de 1980 e eis que Rita nos surpreende com o disco que eu considero o segundo melhor da sua carreira trazendo grandes sucessos, hits inesquecíveis e canções de Lado B de boa qualidade.


Rita Lee em 1980 com sua jaguatirica

Mais uma vez Guto Graça Mello esteve a frente na produção do disco e sempre considerei ele um dos maiores produtores musicais do Brasil por ter um feeling muito forte em relação a música. Além de produzir, Guto tocou guitarra e percussão. Trabalhando nesse disco também foi o maestro e multi instrumentista Lincoln Olivetti que era um dos grandes nomes na época e participou de algumas canções deste disco. Roberto de Carvalho foi um grande parceiro de Rita Lee nesse disco,  compondo boa parte das canções em parceria com ela, sem falar que ele é um grande guitarrista e tocou este e demais instrumentos.

O disco começa com o maior hit que é "Lança Perfume" que passou ser até o codinome deste trabalho. A canção foi composta pelo casal e tem uma letra romântica, mas com tom mais quente. Gosto de ouvir a melodia desta canção que começa com um solo de piano muito bem composto, sem falar de instrumentos diferentes usados tais como a castanhola, tabla síria e minimoog que é uma espécie bem esquisita de teclado e que foi utilizada em outras canções.

A canção "Baila Comigo" foi outro sucesso deste disco tocando inclusive na novela de mesmo nome, mas não com a voz de Rita Lee, porém a canção por Rita foi um grande hit e era uma canção que não podia faltar em seus shows. Acho tanto a letra e a forma de interpretação bem solta e isso era possível porque Rita Lee era especialista e nessa canção e em outras algo dos tempos do Tropicalismo era visível.


Rita Lee era presença em muitas revistas

Uma das canções mais interessantes deste disco é "Caso Sério" que tem um ar bem romântico, mas pela melodia envolve paixão. Gosto muito da melodia desta canção e era um lado que Rita pouco explorava na sua carreira e inclusive os assovios cálidos eram da própria Rita.

Outra canção de grande sucesso foi "Nem Luxo, Nem Lixo" que tem uma das letras mais caricatas e divertidas de Rita Lee. A canção ao meu ver fala que apesar dos problemas, das pessoas o importante é ter saúde sem a necessidade de se estamos no luxo ou no lixo. Tudo isso composto numa melodia bem dançante.

O sucesso do disco foi tão grande que Rita e Roberto lançaram esse trabalho na Europa e nos Estados Unidos e obtiveram êxito e conseguiu emplacar dois sucessos no exterior. A crítica nacional e também a internacional eram somente elogios sobre um trabalho bem criativo e com letras bem compostas, mostrando a maturidade da cantora e assim ela foi ganhando mais respeito entre colegas e músicos.


Faixas


Faixa Título Compositor(es)



1
Lança Perfume
Rita Lee e Roberto de Carvalho
2
Bem-Me-Quer
Rita Lee e Roberto de Carvalho
3
Baila Comigo
Rita Lee
4
Shangrilá
Rita Lee e Roberto de Carvalho
5
Caso Sério
Rita Lee e Roberto de Carvalho
6
Nem Luxo, Nem Lixo
Rita Lee e Roberto de Carvalho
7
João Ninguém
Rita Lee e Roberto de Carvalho
8
Ôrra Meu!
Rita Lee


Ouça o Disco



sexta-feira, 28 de abril de 2017

Grandes Discos Brasileiros | 'Estudando o Samba' - Tom Zé (1976)



Hoje o disco brasileiro homenageado é de um artista que jamais esperava falar por aqui no Blog, até porque eu sempre tive uma dificuldade para ouvir com paciência canções do Tropicalismo ou pós Tropicalismo a não ser artistas como Gal, Gil, Caetano e Mutantes, mas ouvir Tom Zé foi raras às vezes e acho que fui ouvir um disco dele em 2014, mas quando vemos´e lemos histórias da nossa música Tom é sempre citado como um dos melhores graças a seus ótimos trabalhos como músico e compositor, sendo uma das maiores influências da MPB.




Gostei de pelo menos três de seus discos, mas Estudando o Samba tem uma produção fonográfica melhor. O disco é um pós Tropicalismo de fino trato e de qualidade boa com ótimas melodias e letras bem compostas e divertidas de se ouvir. Acredito que este disco assim como os demais da carreira de Tom Zé não é de fácil aceitação atualmente, pois muitas de suas músicas podem soar para algumas pessoas como caricatas, sem graça, coisa do passado, enfim e compreendo. Mas quem tem a oportunidade de estudar a nossa música brasileira vê que Tom é uma das peças fundamentais da história.


Tom Zé em 1976

O disco Estudando o Samba na minha opinião quando foi planejado e logo depois gravado teve uma espécie de experimento e Tom Zé deve ter gravado tudo de primeira, sem mexer a sério na mixagem e deixar como uma brincadeira, mas uma brincadeira que rendeu uma crítica aclamada, mas anos depois de ser lançado, pois ele foi relançado nos anos 90 e no exterior este disco é um retrato da nossa música brasileira.


Faixas

Faixa Título Compositor(es)



1
Tom Zé
2
A Felicidade
Tom Jobim - Vinicius de Moraes
3
Toc
Tom Zé
4
Élton Medeiros - Tom Zé
5
Vai (Menina Amanhã de Manhã)
Perna - Tom Zé
6
Ui! (Você Inventa)
Odair - Tom Zé
7
Doi
Tom Zé
8
Mãe (Mãe Solteira)
Élton Medeiros - Tom Zé
9
Hein?
Tom Zé - Vicente Barreto
10
Só (Solidão)
Tom Zé
11
Se
Tom Zé
12
Índice
José Briamonte - Heraldo do Monte - Tom Zé


Ouça o Disco



quinta-feira, 27 de abril de 2017

Revista VIP - Guga Kuerten - Maio de 2017


A Revista VIP vem em seu mês de Maio com mais uma edição e traz na capa o ex tenista Gustavo Kuerten, nosso querida e carismático Guga. Nada contra nosso grande esportista, mas a revista desde março vem com uma estratégia diferente que não tem me agradado e a grande maioria dos leitores, sobretudo referente as capas.


Paolla Oliveira é capa da revista Joyce Pascowitch de abril | Veja capa e fotos



Paolla Oliveira de 35 anos com certeza é uma das atrizes de maior destaque da televisão, sendo favorita entre homens e mulheres ela se destaca por sua beleza, seu talento e carisma. Nesse mês de abril a atriz foi capa da revista Joyce Pascowitch e fala sobre seu novo trabalho que é a policial Jeiza na novela A Força do Querer. No cinema logo mais estará interpretando a icônica Elke Maravilha.






Crítica | Guardiões da Galáxia Vol. 2



No ano de 2014 muitos conheceram mais um lote de heróis, anti-heróis e vilões da Marvel que foram os Guardiões da Galáxia que chamaram muito a atenção de novos fãs. Eles saíram como carismáticos, engraçados, raçudos e inteligentes. O filme saiu com notas altas da crítica e uma chuva de fãs, sem falar dos produtos que saíram. Um novo filme sobre eles seria lançado logo caso essa aprovação fosse alta e como foi mais que o esperado eis que anunciaram outro lançamento, mas quase três anos depois.

Eu já estava ansioso com o lançamento de Guardiões da Galáxia Vol. 2, pois seria uma continuação e desta vez veríamos um roteiro melhor, uma história um pouco mais dramática e podíamos ver um pouco mais dos heróis que pela capa e trailers víamos que eles ganhariam mais integrantes.

O filme começa com um dos seus pontos altos que é a trilha sonora que é muito bem selecionada e vemos clássicos do rock dos anos 60, 70 e 80. Desta vez Rocket passa a apreciar estas canções, então ouvimos um pouco mais destes clássicos.

O filme tem um bom roteiro e até passamos a conhecer mais os personagens principais, mas ele gira mais em torno de Peter Quill e seu passado que aos poucos é revelado no filme e tudo que acontece no longa é em referencia das revelações. A personagem Gamora continua praticamente com seus mesmos poderes, mas ainda dá um ar leve ao longa e é muito bem atuado por Zoe Saldana. Drax que foi um dos personagens menos carismáticos do primeiro filme foi melhor estruturado e deu uma leve melhorada em algumas cenas que o mesmo protagonizou saindo com uma nova visão para mim. Groot como muitos viram no trailer é apenas uma pequena árvore, mas boa parte das cenas de humor são dele e cenas fofas também são interpretadas por ele. Rocket ainda continua sendo o mais inteligente quando se trata de armas e também o seu humor.

Os cenários ficaram espetaculares e podemos ver muitos planetas e galáxias muito bem desenhadas, cada uma com sua identidade e no planeta Ego é onde vemos algo ainda mais bonito com mais cores e ambientes que lembram o paraíso.

Assim que o filme termina temos cinco cenas pós créditos e destas cenas temos duas cenas importantes que farão parte de uma continuação de novas histórias da Marvel e também dos Guardiões da Galáxia que terão uma continuação.

É um filme divertido, com muita ação, segredos revelados e ótimos combates das galáxias e de tanta vontade que eu tinha de ver que fui na primeira sessão às 11 horas aqui na minha cidade e acho que verei novamente, pois vale a pena.



4.5/5


terça-feira, 25 de abril de 2017

Paulo Gustavo é capa da GQ Brasil do mês de abril



Um dos grandes atores do momento com certeza é Paulo Gustavo que trabalha de forma impecável no humor e o grande exemplo é no filme Minha Mãe é Uma Peça. Isso é destaque na Revista GQ deste mês de abril. Além da carreira e do sucesso, Paulo fala sobre vida pessoal e casamento.



Grandes Discos Brasileiros | 'Õ Blésq Blom' - Titãs (1989)



Sem dúvidas após realizar mais pesquisas sei que a banda Titãs é uma das cinco mais importantes da história da nossa música, pois trouxe grandes discos, belas composições, melodias vinculadas ao rock e outras formas experimentais e shows eternos. Infelizmente a banda não é mais como antes, sobretudo nos áureos tempos na década de 80, mas tudo isso faz parte e ciclos dissolvem para várias áreas da arte e na música, ainda mais com grupos musicais poucas conseguem ter uma sólida carreira. 




Para quem está acompanhando a série Grandes Discos Brasileiros já deve ter reparado que já falei de um disco dos Titãs que foi o magnífico Jesus não Tem Dentes no País dos Banguelas. Hoje iremos falar do disco Õ Blésq Blom, lançado em 1989 e é considerado pela crítica o melhor disco dos Titãs, apesar que eu e alguns críticos considerem outro disco como o melhor. 

Era o quinto disco dos Titãs e a banda estava bem consolidada no mercado fonográfico e todos os demais trabalhos foram aclamados e bem vendidos, mas segundo Sérgio Britto faltava ainda lançar uma obra prima, um disco mais maduro com melodias mais criativas e letras com mais visceralidade. Para esse disco os oito integrantes ainda bem unidos e cooperando para que tudo desse certo trabalhou junto com o produtor Liminha que era e ainda é um excelente profissional da música.


Titãs nos anos 80

O disco Õ Blésq Blom já começa de forma inusitada que é uma faixa não interpretada pelos Titãs e sim por um casal de repentistas encontrados em Pernambuco. Eles são Mauro (ex-estivador e auto-intitulado "O Rei do Rock") e sua esposa Quitéria. São deles as vinhetas de introdução e fechamento do disco.

Para quem conhece bem o disco devem achar sensacional a junção da faixa "Introdução por Mauro e Quitéria" com a faixa "Miséria" que é uma canção muito bem trabalhada, com uma boa letra e uma melodia bem trash com cara de anos 80.

Podemos ver neste disco canções cujas letras são características dos Titãs na década de 80 e início da década de 90, isso até por conta da forma peculiar de compor de Arnaldo Antunes, mas os demais integrantes assumiram esse lado 'esquisito' de compor e saíram boas canções como "Racio Símio" e a divertida canção "O Camelo e o Dromedário" que tem uma letra engraçada e uma melodia mais devagar, porém apesar da "graça" nesta faixa acho a mais fraca. Algo peculiar, porém muito bem feita vemos na faixa "O Pulso" que foi composta por Arnaldo Antunes e Marcelo Fromer que tinha uma forma peculiar de compor também.




A faixa de maior sucesso deste disco e um dos maiores sucessos dos Titãs é "Flores" que é uma faixa bem rock n roll. A letra foi muito bem composta e se tornou um mega hit nas rádios e na televisão com um clipe de baixíssimo custo, mas sobressaia com a canção que era especial. "Deus e o Diabo" teve uma proposta diferente de divulgação em clipe, pois ajudou na época do lançamento do canal MTV Brasil e o clipe teve um melhor investimento.

Outras duas faixas de sucesso e boa produção vemos neste disco que é "32 Dentes" que tem uma letra boa e seria uma mensagem onde nem muitos entenderam. E para fechar "Palavras" que é uma boa canção, mas veio a ser mais conhecida anos depois na versão acústica.


Faixas


Faixa Título Compositor(es)



1
Introdução por Mauro e Quitéria
Mauro, Quitéria
2
Miséria
A Antunes, P Miklos, S Britto
3
Racio Símio
A Antunes, M Fromer, N Reis
4
O Camelo e o Dromedário
M Fromer, N Reis, P Miklos, T Bellotto
5
Palavras
M Fromer, S Britto
6
Medo
A Antunes, M Fromer, T Bellotto
7
Natureza Morta
A Antunes, Liminha, B Mello, M Fromer, P Miklos, S Britto
8
Flores
C Gavin, P Miklos, S Britto, T Bellotto
9
O Pulso
A Antunes, M Fromer, T Bellotto
10
32 Dentes
B Mello, M Fromer, S Britto
11
Faculdade
A Antunes, B Mello, M Fromer, N Reis, P Miklos
12
Deus e o Diabo
N Reis, P Miklos, S Britto
13
Vinheta Final por Mauro e Quitéria
Mauro, Quitéria


Ouça o Disco



segunda-feira, 24 de abril de 2017

Grandes Discos Brasileiros | 'A Dança da Solidão' - Paulinho da Viola (1972)



Paulinho da Viola sem dúvidas é um dos maiores cantores brasileiros que temos. Seu jeito calmo, tranquilo e sereno de cantar é uma de suas marcas. Muitos sambistas e outros artistas da nossa música elogiam sua gentileza e seu jeito sempre sereno, de nunca reclamar de algo pessoal, mas o que sempre elogiamos primeiramente em Paulinho é seu talento junto as suas composições, sua forma de tocar e interpretar.




Paulinho da Viola fez muitos trabalhos além da carreira solo, sendo eles em grupo com compositores ou para a sua escola de samba, a Portela. Em sua notória carreira ele lançou diversos discos, mas em 1996 ele lançou seu último disco de inéditas. Dentre os discos que ele lançou vamos destacar A Dança da Solidão, lançado no ano de 1972 que trouxe lindas canções, grandes sucessos e uma crítica bem positiva com seu trabalho.


Paulinho da Viola entre 1972 / 1974
 

O disco em sua totalidade é bem leve e o que mostra essa leveza não é só a voz de Paulinho da Viola, mas a forma como a melodia foi trabalhada com nenhum grande peso nos instrumentos. O disco foi bem recebido pelo mundo do samba e Paulinho já era considerado um grande artista, mas neste quinto álbum foi coroado.

Entre as canções destaco a faixa título "A Dança da Solidão" que foi um grande sucesso no mundo do samba. É uma música bem tranquila e dá o tom do que é a letra que fala sobre as pessoas que de uma certa forma ficam sozinhas. Destaque para a interpretação de Paulinho da Viola que está perfeita.

Um dos maiores sucessos é "No Pagode do Vavá" que embalou e embala até hoje as rodas de samba e pagode nas festas de aniversário ou encontro de amigos em uma quadra de escola de samba ou boteco. A canção é uma das que tem notas mais altas, ou seja, com um teor menos calmo que as demais.




A faixa "Coração Imprudente" é uma das minhas favoritas e vim a conhecer numa versão acústico. A versão neste disco ficou tão boa quanto a atual. Adoro ouvir os solos de piano nesta canção. A canção é outra que foge um pouco da calmaria do disco.

Paulinho interpreta canções de outros grandes autores que são da escola de samba coirmã, a Mangueira. Entre eles Cartola na canção "Acontece" e Nelson Sargento na canção "Falso Moralista".


Faixas

Faixa Título Compositor(es)



1 Guardei Minha Viola Paulinho da Viola
2 Meu Mundo E Hoje (Eu Sou Assim) José Batista, Wilson Batista
3 Papelâo Geraldo das Neves
4 Duas Horas da Manha Ary Monteiro, Nelson Cavaquinho
5 Ironia Paulinho da Viola
6 No Pagode Do Vavá Paulinho da Viola
7 Dança da Solidão Paulinho da Viola
8 Acontece Cartola
9 Coração Imprudente Capinan, Paulinho da Viola
10 Orgulho Capinan, Paulinho da Viola
11 Falso Moralista Nelson Sargento
12 Passado de Gloria Monarco


Ouça o Disco



Grandes Discos Brasileiros | 'O Samba Poconé' - Skank (1996)



Pela primeira vez na série Grandes Discos Brasileiros iremos repetir um artista e será Skank que é uma das maiores bandas brasileiras de todos os tempos e desde que surgiu até hoje mostra uma vitalidade, criatividade e muito talento. Nos anos 90 o grupo surgiu e junto com ele outras bandas apareceram e para ganhar espaço e sobressair o grupo precisa trazer algo diferente, inovador, mas sem perder a brasilidade em suas letras e algumas melodias e desde então o quarteto de Minas Gerais conseguiu ser a ponta de lança das bandas nascidas na década de 90.




Falamos aqui no Blog sobre o segundo álbum do grupo chamado Calango que foi de fato o disco que fez o Skank 'explodir' no Brasil e conquistar seu espaço em rádios, programas de televisão e conseguir com que muitas canções se tornassem grandes hits.

Obviamente o grande desafio do Skank era fazer um disco a altura do seu antecessor e não poderia falhar, mas sabíamos que não havia aquela pressão, pois o quarteto estava a todo vapor de sua criatividade e eis que em 1996 foi lançado O Samba Poconé que completou 20 anos no ano passado e foi o disco mais vendido naquele ano e teve dois ultra hits que são executados até hoje.


Skank em 1996

O disco era uma grande mistura de estilos musicais, além de conter o Rock poderíamos ouvir o ska, pop, reggae e música latina, deixando o disco com uma característica única. Os instrumentos de sopro como trombone, trompete e saxofone voltaram a ter um grande destaque e são grandes pontos que dão uma sonoridade que chamo de única ao disco.

Para quem é fã do Skank sabe que o disco é conhecido por ser O Samba Poconé, mas para outras pessoas o disco é conhecido por ser o disco do "É uma Partida de Futebol"  e "Garota Nacional", os dois ultra hits do grupo que foram fundamentais para transformar o grupo na melhor banda brasileira.

A canção "Garota Nacional" é uma canção pop do Skank e acredito que seja o maior hit da sua história, tocando praticamente em todas as rádios. A canção aparecia sempre nas paradas de sucesso ocupando as melhores colocações e por conta disso foi a canção número 1 no Brasil inteiro em 1996. A canção tem um refrão potente e uma letra que era fácil de decorar, sem falar da ótima melodia escolhida para a letra e além disso o clipe ajudou muito no sucesso da canção.

Outro grande hit foi "É uma Partida de Futebol" que era uma mistura de rock com música latina. Foi uma das dez canções mais tocadas em 1996, mas continuou a ser bem tocada nos dois anos seguintes, tudo isso por conta da canção falar de uma das maiores paixões do povo brasileiro que é o futebol e a letra achei muito bem escrita, sendo uma descrição do que é o futebol e a paixão que o brasileiro tem. A melodia é uma das mais incríveis e vemos uma mistura de instrumentos de sopro dando o que falar na canção.

A canção "Tão Seu" foi outro grande sucesso deste disco, sendo executada muitas vezes nas rádios nacionais, sendo uma das mais executadas entre 1996 e 1997. O refrão era muito atrativo e fácil de cantar e decorar.

Outras canções tocaram nas rádios até por impulso das demais três já lançadas anteriormente, mas nada com tanto sucesso, mas há de ressaltar algumas ótimas canções tais como "Eu Disse a Ela" que bem pop com uma letra e melodia bem divertida. Na canção "Zé Trindade" que mistura reggae com ska o grupo faz uma homenagem ao ator e apresentador na época do rádio. A faixa "Poconé" é uma grande mistura, mas mostra o quanto é talentoso e criativo todo o quarteto e seus músicos participantes.

O álbum vendeu quase dois milhões de cópias, sendo mais vendido de 1996 e o mais vendido da banda Skank. Por conta disso o grupo concorreu e ganhou diversos prêmios e troféus. A crítica recebeu muito bem o disco e neles haviam ótimas avaliações, mas alguns acharam que este disco não superou o anterior mas outros aclamaram a criatividade do grupo.

Um fator a salientar é que neste disco Samuel Rosa e Chico Amaral compuseram grande parte das letras do disco, assim como foi no disco anterior.


Faixas

Faixa Título Compositor(es)



1
É uma Partida de Futebol
Nando Reis e Samuel Rosa
2
Eu Disse a Ela
Samuel Rosa e Chico Amaral
3
Zé Trindade
Samuel Rosa e Chico Amaral
4
Garota Nacional
Samuel Rosa e Chico Amaral
5
Tão Seu
Samuel Rosa e Chico Amaral
6
Sem Terra
Samuel Rosa e Chico Amaral
7
Os Exilados
Samuel Rosa e Chico Amaral
8
Um Dia Qualquer
Chico Amaral
9
Los Pretos
Samuel Rosa e Chico Amaral
10
Sul da América
Samuel Rosa e Chico Amaral
11
Poconé
Chico Amaral


Ouça o Disco



sábado, 22 de abril de 2017

Grandes Discos Brasileiros | 'A Turma do Balão Mágico' - A Turma do Balão Mágico (1983)



Na série os Grandes Discos Brasileiros não poderia faltar um trabalho infantil, mas quando se pesquisa grandes trabalhos com produções sérias e melodias completamente perfeitas não se encontra tantos registros, mas encontra discos que venderam milhões de cópias e que trouxe consigo canções que marcaram uma geração de crianças que hoje são adultos e sentem falta destas canções, ou seja, há de constatar que as canções infantis, principalmente na década de 80 e 90 foram as melhores. Entre artistas deste ramo vamos destacar a A Turma do Balão Mágico que apareceu como um daqueles fenômenos que teve uma boa duração e soube entrar e sair de cena na hora certa.




A Turma do Balão Mágico surgiu em 1982 e terminou em 1986 e nestes anos de atuação soube fazer tudo na hora certa, inclusive nas escolhas dos singles foram tiros certos. Todos os álbuns do grupo foram bem produzidos e pensados letra a letra para atingir todas as crianças, de acordo com sua personalidade, gerando trabalhos inteligentes. Foram cinco discos, sendo três deles de alta aceitação do público, mas vamos destacar A Turma do Balão Mágico, de 1983.


Encarte do disco de 1983

O maior hit do Balão Mágico estava neste álbum e se chamava "Superfantástico" que seria uma forma de apresentar até então a filosofia do grupo, que a sensação de ser feliz era a melhor e quem era feliz tinha que fazer parte e viajar no Balão. Nesta canção tem a participação do cantor Djavan.

A canção "Ai Meu Nariz!" foi outro grande hit e que animava as festinhas de aniversário com um refrão bem chiclete. A canção foi regravada anos depois por outros artistas da música infantil.

O disco girava em torno de alguns personagens e gerava neles canções divertidas com letras engraçadas, tais como "Seu Felipe, Dorminhoco" que tinha uma melodia bem alegre, assim como na canção "O Meu Avô".


Em 1983 neste disco o Balão Mágico era um trio e logo depois se tornaram um quarteto


Outra grande hit do Balão Mágico que talvez seja a canção favorita de muitos adultos que antes eram crianças naquela época é "Ursinho Pimpão", que era interpretada apenas por Simony. A canção tinha uma melodia como nas canções de ninar e nela uma letra um tanto quanto lúdica e que gera uma emoção ao ouvir, isso até por conta da mistura de interpretação e melodia.

Integrantes do álbum eram  Simony, Mike e Tob


Faixas

Faixa Título


1
Superfantástico
2
Ai Meu Nariz! 
3
Ursinho Pimpão 
4
O Meu Avô 
5
Você e Eu
6
Seu Felipe, Dorminhoco
7
Juntos 
8
Gaguejei
9
Amigo e Companheiro
10
Mãe-Iê


Ouça o Disco




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