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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Carnaval do Rio de Janeiro 2015 | Unidos do Viradouro - Enredo e Sinopse


Nas Veias do Brasil, É a Viradouro em Um Dia de Graça


Data, Local e Ordem de Desfile
Grupo Especial (LIESA)
1ª Escola de 15/02/15, Domingo
Passarela do Samba

Autor(es) do Enredo
Mliton Cunha

Carnavalesco(s)
João Victor Araújo

Presidente
Carlos Gustavo Coutinho (Clarão)

Diretor de Carnaval
Wilson Polycarpo

Diretor de Harmonia
Miltinho Souza e Gabriel Sequeira

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Alessandra Chagas e Marlon Flores

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Bárbara Verçosa e Jansen

Coreógrafo da Comissão de Frente
Luciana Yegros

Bateria
Mestre Pablo






Sinopse

E se não fossem os negros? Por certo, o Brasil seria outro...

Este enredo para o desfile da unidos do Viradouro 2105 é baseado em dois sambas
De autoria do imortal poeta negro Luiz Carlos da Vila,
Ele próprio, Luiz Carlos, um exemplo clássico da perspicácia e sabedoria populares sofisticadas
Que nos restaram como sagrada herança desse ébano vitorioso.

Canta, então, a Viradouro seu elogio
Aos valores da inteligência transcendental dos povos vindos d'África,
Valores esses que culminaram por estruturar a nossa alma verde-amarela.

Tomando o Brasil como vibrante corpo miscigenado,
Aceitamos a tese afirmada nas canções
De que nas veias da pátria-mãe gentil circulam os pilares da venturosa negritude;
Foi incansável sobrevivência, sempre trocando gás carbônico por oxigênio,
Em asfixiante agonia que não a matou jamais!

Nossa procissão cultiva as sementes da felicidade,
Desabrochadas em emocional vascularização da esperança
A influência espiritual ramificada ao extremo da nossa sistêmica nação,
Que foi se adaptando em destemida corrente
E fez o brasileiro catar e juntar em si
O que foi espalhado com sabedoria: as qualidades do além-mar!

Navegando sobre as ondas do tal pensamento luminoso que enovelam o artista,
E desembarcando nas tabas ameríndias,
O brilhante legado criativo junta atabaque ao cocar;
Faz simbiose entre o pajé e o griot: flechas e altares!
Tupis, bantos, guaranis e yorubás testemunhando tupã abraçar oxalá.
É no tempo encantado da singular sagração terra brasilis,
Quando enraizamos nosso particular baobá.

Somos esta corporificação híbrida, uma organicidade única,
Onde palmas de mão musicalizam palmos de chão.
Somos da linhagem abençoada dos guerreiros que raiam com a liberdade.

Um povo de alma negra
Porque amamentado na sala da casa grande pelo leite que da senzala vinha.
Saudável pela força das mãos de cura do preto velho
A balançar misteriosas palavras de preciosos poderes.

No fogão da mãe baiana, em espiritual culinária,
Refazemos diariamente os laços culturais temperados pela magia dos ritmos,
Paridos em fogoso carnaval...o samba atesta o nosso triunfo!

Viradouro brada atitude e muda a estratégia da camélia abolicionista:
É mediadora na superação do ressentimento,
Ao assumir na escolha das obras do excepcional sambista
A beleza de ser miscigenado,
O que transformou o Brasil em terra que nunca anda só.
A vitória é a reconciliação; a ousadia é viver em paz!




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