Posição 10 - Nara Leão
A maior cantora do rítmo que fez o Brasil ser mais conhecido no Mundo, a Bossa Nova teve como sua maior representante Nara Leão que foi uma das maiores vozes do estilo musical, sendo conhecida por Musa da Bossa Nova, e ainda uma das maiores vozes de todos os estilos e entrou na posição 10 neste especial.
Nara Lofego Leão Diegues nasceu na cidade de Vitória no dia 19 de janeiro de 1942 e mudou-se ainda criança para a cidade do Rio de Janeiro e durante sua infância, Nara teve aulas de violão com Solon Ayala e Patrício Teixeira, ex-integrante do grupo Os Oito Batutas de Pixinguinha. Aos 14 anos, em 1956, resolveu estudar violão na academia de Carlos Lyra e Roberto Menescal, mais tarde, Nara tornou-se professora da academia. Nara ainda se destacava em musicais pela cidade, sendo um deles produzidos por Vinícius de Moraes em 1963.
Com o reconhecimento, Nara Leão grava seu primeiro álbum chamado Nara, em 1964. No álbum ela havia gravando obras de compositores da Bossa Nova e de representantes do chamado "Samba de Morro". Com o reconhecimento do primeiro álbum, Nara participou de um musical junto com Zé Kéti que era o grande cantor da época. O mesmo aconteceu em 1965, onde ela grava seu segundo álbum e participa novamente do Festival, mas para seguir sua carreira solo, Nara convida a até então pouco conhecida Maria Bethânia para substituí-la.
Em 1966. gravou o LP Nara Pede Passagem, lançando os compositores Sidney Miller e Chico Buarque. O álbum mais uma vez teve destaque e Nara foi convidada para participar do II Festival da Música Popular Brasileira (TV Record), interpretando "A Banda" (Chico Buarque), canção que dividiu a primeira premiação com "Disparada".
De 1967 a 1970 Nara lançou álbuns de interpretações de Samba e MPB e nos álbuns haviam músicas de Chico Buarque, Sidney Miller, Caetano Veloso, Dorival Caymmi, Ary Barroso e Vinicius de Moraes. Todos estes álbuns lançados foram um dos melhores a cada ano, e Nara ganhava cada vez mais espaço no cenário musical e convites para shows eram inevitáveis, inclusive sua música parou na cidade de Paris.
Nara também aderiu ao movimento Tropicalista, tendo participado do disco-manifesto do movimento - Tropicália ou Panis et Circensis, lançado em 1968.
Em 1971, gravou o LP Dez Anos Depois, uma retrospectiva da Bossa Nova, em que incluiu as canções de Tom Jobim "Insensatez", "Garota de Ipanema", "Chega de Saudade", "O Grande Amor", "Por Toda Minha Vida" e "O Amor em Paz", todas com Vinicius de Moraes, "Desafinado" e "Meditação", todas com Newton Mendonça, Chico Buarque, de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, "Rapaz de Bem". Com a gravação do álbum, Nara volta de Paris para o Brasil onde a Bossa Nova era um grande sucesso e a cantora começou a ser apontada coo um grande destaque.
Nara continuou a gravar álbuns com composições de grandes autores, entre os álbuns lançados foram Meu Primeiro Amor, Meus Amigos São Um Barato, Debaixo Dos Caracóis Dos Seus Cabelos e um em castellano chamado Nara Canta en Castellano. Gravando canções de Bossa Nova, onde conseguiu atingir como sua marca, e canções de MPB que foram muito importantes para sua carreira, além de canções de Roberto e Erasmo Carlos.
Em 1980, lançou o LP Com Açúcar, Com Afeto, registrando as composições de Chico Buarque "A Rita", "Onde é que você estava", "Ela desatinou" "Trocando em miúdos", "O que será (À flor da pele)", "Baioque", "Dueto" e "Mambembe". O álbum foi um sucesso de crítica assim como de vendas, atingindo uma boa marca.
Nara era uma das artistas mais executadas pelas rádios e quando tinha a oportunidade, fazia shows pela TV e show em grandes palcos brasileiros, e o apelido Musa da Bossa Nova não a agradava, pois ela não queria ter este tipo de ligação, mas não adiantava, ela sempre foi querida e Musa era pela sua bela voz.
Nara gravou mais albuns de Bossa Nova e MPB como Romance Popular, Nasci Para Bailar, Meu Samba Encabulado, Abraços E Beijinhos e Carinhos Sem Ter Fim… Nara, Nara e Menescal - (Um Cantinho, Um Violão), lançou com Roberto Menescal, seu amigo do começo da Bossa Nova, Garota de Ipanema, gravado no Japão, onde sempre foi muito admirada, o CD "Garota de Ipanema", primeiro registro de disco de um artista brasileiro nesse suporte. No repertório, as canções de Tom Jobim e Meus Sonhos Dourados, contendo clássicos da música norte-americana, em versões escritas por autores brasileiros. No repertório, as versões de sua autoria "Um Sonho de Verão" ("Moonlight serenade", de Miller e Parish), "Além do Arco-íris" ("Over the rainbow", de Arlen-Harburg), "Me Abraça" ("Embraceable you", de George e Ira Gershwin) e "Como Vai Você?" ("What's new", de Haggart-Burke), entre outros.
Em 1989, lançou o LP My Foolish Heart, dando seqüência ao tema do disco anterior. No repertório, "Maravilha", "Adeus no Cais", "Mas Não Pra Mim", "Só Você", entre outros, todas de sua autoria, e as versões assinadas por Nélson Motta "Cartas de Amor" ("Love letters", de E.Heyman e V.Youngrs), "Sonhos" ("Dream", de J.Mercer), "E se Depois" ("Tenderly", de J.Lawrence e W.Gross), "Descansa Coração" ("My foolish heart", de N.Washington e V.Young), "Pleno Verão" ("Summertime", de George Gershwin, Ira Gershwin e D.B.Heyword), entre outros.
Nara Leão esteve ligada a outros movimentos musicais, como o tropicalismo, tendo sido responsável, ao longo de sua carreira, pelo lançamento de vários compositores novos e pelo resgate de outros veteranos, realizando um mapeamento da música popular brasileira e destacando-se pela excelência do seu repertório.
Nara Leão faleceu no dia 7 de junho de 1989 vítima de um tumor cerebral inoperável aos 47 anos de idade. Ela já sabia do tumor, e sofria com esse problema havia 10 anos. O tumor estava numa área muito delicada do cérebro, por isso ela não podia ser operada, sentia fortes dores e tonturas, e isso também foi um contribuinte para ela tentar largar carreira musical.
Foi na Bossa Nova que Nara Leão teve grande destaque como cantora, mas temos que considerar, e de forma categórica e importante na música MPB onde alguns tratam de fazer injustiça sobre isso. Nara foi muito mais que uma cantora, foi uma mensageira da nossa música que até hoje temos a oportunidade de ver outros artistas que seguem sua linha. Nara era sempre a conselheira musical e foi uma artista muito inteligente, pois ela lançou e indicou vários artistas da música que hoje são um dos maiores do Brasil e até as superou, mas ela era muito honesta e queria que isto acontecesse pelo bem da música que foram os casos de Chico Buarque e Maria Bethânia. Para sempre ela será a Musa não da Bossa Nova, mas da MPB que grande parte do que é hoje tem muito de Nara Leão por ai.
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Nara Lofego Leão Diegues nasceu na cidade de Vitória no dia 19 de janeiro de 1942 e mudou-se ainda criança para a cidade do Rio de Janeiro e durante sua infância, Nara teve aulas de violão com Solon Ayala e Patrício Teixeira, ex-integrante do grupo Os Oito Batutas de Pixinguinha. Aos 14 anos, em 1956, resolveu estudar violão na academia de Carlos Lyra e Roberto Menescal, mais tarde, Nara tornou-se professora da academia. Nara ainda se destacava em musicais pela cidade, sendo um deles produzidos por Vinícius de Moraes em 1963.
Com o reconhecimento, Nara Leão grava seu primeiro álbum chamado Nara, em 1964. No álbum ela havia gravando obras de compositores da Bossa Nova e de representantes do chamado "Samba de Morro". Com o reconhecimento do primeiro álbum, Nara participou de um musical junto com Zé Kéti que era o grande cantor da época. O mesmo aconteceu em 1965, onde ela grava seu segundo álbum e participa novamente do Festival, mas para seguir sua carreira solo, Nara convida a até então pouco conhecida Maria Bethânia para substituí-la.
Em 1966. gravou o LP Nara Pede Passagem, lançando os compositores Sidney Miller e Chico Buarque. O álbum mais uma vez teve destaque e Nara foi convidada para participar do II Festival da Música Popular Brasileira (TV Record), interpretando "A Banda" (Chico Buarque), canção que dividiu a primeira premiação com "Disparada".
De 1967 a 1970 Nara lançou álbuns de interpretações de Samba e MPB e nos álbuns haviam músicas de Chico Buarque, Sidney Miller, Caetano Veloso, Dorival Caymmi, Ary Barroso e Vinicius de Moraes. Todos estes álbuns lançados foram um dos melhores a cada ano, e Nara ganhava cada vez mais espaço no cenário musical e convites para shows eram inevitáveis, inclusive sua música parou na cidade de Paris.
Nara também aderiu ao movimento Tropicalista, tendo participado do disco-manifesto do movimento - Tropicália ou Panis et Circensis, lançado em 1968.
Em 1971, gravou o LP Dez Anos Depois, uma retrospectiva da Bossa Nova, em que incluiu as canções de Tom Jobim "Insensatez", "Garota de Ipanema", "Chega de Saudade", "O Grande Amor", "Por Toda Minha Vida" e "O Amor em Paz", todas com Vinicius de Moraes, "Desafinado" e "Meditação", todas com Newton Mendonça, Chico Buarque, de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, "Rapaz de Bem". Com a gravação do álbum, Nara volta de Paris para o Brasil onde a Bossa Nova era um grande sucesso e a cantora começou a ser apontada coo um grande destaque.
Nara continuou a gravar álbuns com composições de grandes autores, entre os álbuns lançados foram Meu Primeiro Amor, Meus Amigos São Um Barato, Debaixo Dos Caracóis Dos Seus Cabelos e um em castellano chamado Nara Canta en Castellano. Gravando canções de Bossa Nova, onde conseguiu atingir como sua marca, e canções de MPB que foram muito importantes para sua carreira, além de canções de Roberto e Erasmo Carlos.
Em 1980, lançou o LP Com Açúcar, Com Afeto, registrando as composições de Chico Buarque "A Rita", "Onde é que você estava", "Ela desatinou" "Trocando em miúdos", "O que será (À flor da pele)", "Baioque", "Dueto" e "Mambembe". O álbum foi um sucesso de crítica assim como de vendas, atingindo uma boa marca.
Nara era uma das artistas mais executadas pelas rádios e quando tinha a oportunidade, fazia shows pela TV e show em grandes palcos brasileiros, e o apelido Musa da Bossa Nova não a agradava, pois ela não queria ter este tipo de ligação, mas não adiantava, ela sempre foi querida e Musa era pela sua bela voz.
Nara gravou mais albuns de Bossa Nova e MPB como Romance Popular, Nasci Para Bailar, Meu Samba Encabulado, Abraços E Beijinhos e Carinhos Sem Ter Fim… Nara, Nara e Menescal - (Um Cantinho, Um Violão), lançou com Roberto Menescal, seu amigo do começo da Bossa Nova, Garota de Ipanema, gravado no Japão, onde sempre foi muito admirada, o CD "Garota de Ipanema", primeiro registro de disco de um artista brasileiro nesse suporte. No repertório, as canções de Tom Jobim e Meus Sonhos Dourados, contendo clássicos da música norte-americana, em versões escritas por autores brasileiros. No repertório, as versões de sua autoria "Um Sonho de Verão" ("Moonlight serenade", de Miller e Parish), "Além do Arco-íris" ("Over the rainbow", de Arlen-Harburg), "Me Abraça" ("Embraceable you", de George e Ira Gershwin) e "Como Vai Você?" ("What's new", de Haggart-Burke), entre outros.
Em 1989, lançou o LP My Foolish Heart, dando seqüência ao tema do disco anterior. No repertório, "Maravilha", "Adeus no Cais", "Mas Não Pra Mim", "Só Você", entre outros, todas de sua autoria, e as versões assinadas por Nélson Motta "Cartas de Amor" ("Love letters", de E.Heyman e V.Youngrs), "Sonhos" ("Dream", de J.Mercer), "E se Depois" ("Tenderly", de J.Lawrence e W.Gross), "Descansa Coração" ("My foolish heart", de N.Washington e V.Young), "Pleno Verão" ("Summertime", de George Gershwin, Ira Gershwin e D.B.Heyword), entre outros.
Nara Leão esteve ligada a outros movimentos musicais, como o tropicalismo, tendo sido responsável, ao longo de sua carreira, pelo lançamento de vários compositores novos e pelo resgate de outros veteranos, realizando um mapeamento da música popular brasileira e destacando-se pela excelência do seu repertório.
Nara Leão faleceu no dia 7 de junho de 1989 vítima de um tumor cerebral inoperável aos 47 anos de idade. Ela já sabia do tumor, e sofria com esse problema havia 10 anos. O tumor estava numa área muito delicada do cérebro, por isso ela não podia ser operada, sentia fortes dores e tonturas, e isso também foi um contribuinte para ela tentar largar carreira musical.
Foi na Bossa Nova que Nara Leão teve grande destaque como cantora, mas temos que considerar, e de forma categórica e importante na música MPB onde alguns tratam de fazer injustiça sobre isso. Nara foi muito mais que uma cantora, foi uma mensageira da nossa música que até hoje temos a oportunidade de ver outros artistas que seguem sua linha. Nara era sempre a conselheira musical e foi uma artista muito inteligente, pois ela lançou e indicou vários artistas da música que hoje são um dos maiores do Brasil e até as superou, mas ela era muito honesta e queria que isto acontecesse pelo bem da música que foram os casos de Chico Buarque e Maria Bethânia. Para sempre ela será a Musa não da Bossa Nova, mas da MPB que grande parte do que é hoje tem muito de Nara Leão por ai.
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