"Moçambique - A Lendária terra do Baobá sagrado!"
Compositores: Afonsinho, Rubens Gordinho, Dedé, D'Malva e Jair Brandão
Intérprete Oficial: Agnaldo Amaral
Bate o tambor do meu samba
Surdo, tarol e repique
A vila hoje canta moçambique
Vem bateria de bamba
Quem esperou pra me ver
Chegou nenê
Amanheceu, resplandeceu, outra vez clareou
Eu sou raiz do povo banto
Presente que o tempo ofertou
Sabedoria, legado dos meus ancestrais
Trago um "eldorado" de riquezas naturais
História singular, guerreira ao despertar
Sagrado meu nome é baobá
O mar virou, mar virou mareia
Ao longe ouço o cantar, sereia
Eu vi chegar o invasor
Dragões e filhos de alah
Demônios de além mar
Testemunhas de batalhas, resistência
Eu não me curvo jamais
Liberdade, veio a independência
Um forte laço se faz
Hoje a savana renasce
E a vida floresce nos braços da paz
Pérola do índico
Terra de encantos e magia
Surge o "leão da tecnologia"
Vejo um futuro promissor
Espírito ancestral, eu vim pro carnaval
Trazendo o sorriso dessa gente
Minha águia espalha essa semente
Análise do Samba
Um samba quase 100% perfeito, chegou muito perto. O samba da Nenê de Vila Matilde vem em 2015 com tudo com uma letra forte, poética e com detalhes ricos como uma literatura, tanto que a adequação até então foi a que mais se encaixou em todos os sambas enredos de 2015. Uma coisa que eu confesso neste samba é que ele não me levantou e me deixou com aquela vontade de sambar muito, mas enxergando de uma forma tecnica ele de fato é perfeito. A melodia é perfeita em consegue valorizar muito bem a letras e em todas as viradas de refrão para estrofe não destoa. O que gostei muito desta letra é o segundo refrão que me deixa imaginar o bailar da ala das baianas quando for interpretado a parte "O mar virou, mar virou mareia". Tirei apenas um décimo em interpretação que é de Agnaldo Amaral que às vezes destoa em alguns sambas que interpreta, mas neste ano ele foi muito bem, com quase 10.
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