A banda de Rock Titãs com certeza foi uma das cinco maiores que já tivemos, atualmente a banda é formada por três membros originais, sendo que os oito principais foram saindo aos poucos, entre eles o baterista Charles Gavin que me inspirou a fazer essa série, pois para quem não sabe o músico apresenta o programa O Som do Vinil no Canal Brasil e o assunto é destacar Grandes Discos Brasileiros mostrando as faixas e entrevista com o autor de cada trabalho.
No ano de 1987 os Titãs era formado pelos oito integrantes que mais marcaram e de fato são considerados os melhores Titãs. Após três ótimos discos e que serão mostrados nesta série em breve, a banda lança o quarto trabalho chamado Jesus não Tem Dentes no País dos Banguelas que misturava composições bem ousadas, poesias, críticas e letras monossilábicas que era uma característica de trabalho do Arnaldo Antunes.
Após o fenômeno de sucesso, crítica e vendas Cabeça Dinossauro a banda tinha que produzir um disco com a mesma maestria e categoria do anterior e para isso além de contar com os oito integrantes teve a produção de Liminha que é um dos maiores produtores de discos de todos os tempos.
O álbum Jesus não Tem Dentes no País dos Banguelas teve o uso de experimentações com música eletrônica. Sua gravação ocorreu no estúdio Nas Nuvens, no Rio de Janeiro, e durou pouco mais de dois meses. Embora com influências do funk rock, o disco não perdeu seu cunho social, tratando apenas de problemáticas diferentes das abordadas por seu antecessor.
Titãs em 1986/1987 |
Para quem ouvia canções aleatoriamente e fazia isso com o Rock lá nos Anos 80 deve ter achado estranho este disco, meio sem pé e cabeça por causa do estilo e por causa de algumas canções que repetiam as mesmas frases numa tomada de um a dois minutos, a exemplo de "Todo Mundo Quer Amor" que abre o disco e logo nota uns gritos do Arnaldo Antunes e os demais integrantes sonorizando com suas bocas. O mesmo acontecia na faixa "O Inimigo" onde haviam três frases curtas. A faixa título tinha a mesma "pegada".
O disco foi qualificado como "difícil de entender", pois, segundo André Singer da Folha de S. Paulo. Mario Cesar Carvalho, escrevendo para o mesmo jornal, notou que, diferente do disco anterior, este tratava de problemas ligados ao cotidiano, como o amor, a comida, a diversão, a desordem e a mentira. No entanto, notou os "ares de manifesto" em "Comida", declarando que o disco "é mais uma listagem poética de reivindicações urgentes".
Titãs em 86/87 |
Sem dúvidas o disco é uma metáfora, uma epopeia poética, uma ousadia frenética, um tiro certo no alvo que os Titãs fizeram e que hoje em dia não dá mais certo, a não ser em canções de gostos duvidosos.
Integrantes da banda neste disco
No disco além das faixas de uma frase só temos as obras primas e começo por "Comida" que na minha opinião é uma das vinte melhores canções brasileiras de todos os tempos. A canção era um protesto e teve uma letra criativa, assim como a melodia que usou batidas eletrônicas e sintetizadores. A canção "Diversão" segue o mesmo panorama de criatividade. A faixa "Desordem" era uma canção de Rock mais tradicional com bons riffs de guitarra. A canção "Lugar Nenhum" é outra que se tornou um clássico da banda onde vemos uma influência totalmente ligada ao Punk-rock, mostrando a versatilidade da banda.
Pra fechar a faixa "Nome aos Bois" interpretada por Nando Reis, causando polêmica na época do seu lançamento por causa da citação de 34 nomes de pessoas do Brasil (incluso o período sob o Império Português) e de outros países, dentre eles Estados Unidos, Haiti, Uganda, países que viviam sob outros regimes (Estado Espanhol, Reino da Itália e Alemanha Nazista) e países que não existem mais (União Soviética), que se tornaram famosas pelos males que causaram à humanidade entre o século XVIII e o período contemporâneo da composição da música
Faixas
Vejam abaixo o título das treze faixas e abaixo de cada faixa o nome dos autores:
Ouça o Disco
Integrantes da banda neste disco
Arnaldo Antunes: voz
Branco Mello: voz
Charles Gavin: bateria e percussão
Marcelo Fromer: guitarra
Nando Reis: baixo e voz
Paulo Miklos: voz
Sérgio Britto: teclados e voz
Tony Bellotto: guitarra
No disco além das faixas de uma frase só temos as obras primas e começo por "Comida" que na minha opinião é uma das vinte melhores canções brasileiras de todos os tempos. A canção era um protesto e teve uma letra criativa, assim como a melodia que usou batidas eletrônicas e sintetizadores. A canção "Diversão" segue o mesmo panorama de criatividade. A faixa "Desordem" era uma canção de Rock mais tradicional com bons riffs de guitarra. A canção "Lugar Nenhum" é outra que se tornou um clássico da banda onde vemos uma influência totalmente ligada ao Punk-rock, mostrando a versatilidade da banda.
Pra fechar a faixa "Nome aos Bois" interpretada por Nando Reis, causando polêmica na época do seu lançamento por causa da citação de 34 nomes de pessoas do Brasil (incluso o período sob o Império Português) e de outros países, dentre eles Estados Unidos, Haiti, Uganda, países que viviam sob outros regimes (Estado Espanhol, Reino da Itália e Alemanha Nazista) e países que não existem mais (União Soviética), que se tornaram famosas pelos males que causaram à humanidade entre o século XVIII e o período contemporâneo da composição da música
Faixas
Vejam abaixo o título das treze faixas e abaixo de cada faixa o nome dos autores:
1 |
Todo Mundo Quer Amor
|
Arnaldo Antunes
|
2 |
Comida
|
Arnaldo
Antunes, Marcelo Fromer, Sérgio Britto
|
3 |
O
Inimigo
|
Branco
Mello, Marcelo Fromer, Tony Bellotto
|
4 |
Corações
e Mentes
|
Marcelo
Fromer, Sérgio Britto
|
5 |
Diversão
|
Nando
Reis, Sérgio Britto
|
6 |
Infelizmente
|
Sérgio
Britto
|
7 |
Jesus
não Tem Dentes no País dos Banguelas
|
Marcelo
Fromer, Nando Reis
|
8 |
Mentiras
|
Marcelo
Fromer, Sérgio Britto, Tony Bellotto
|
9 |
Desordem
|
Charles
Gavin, Marcelo Fromer, Sérgio Britto
|
10 |
Lugar
Nenhum
|
Arnaldo
Antunes, Charles Gavin, Marcelo Fromer, Sérgio Britto, Tony Bellotto
|
11 |
Armas
pra Lutar
|
Arnaldo
Antunes, Branco Mello, Marcelo Fromer, Tony Bellotto
|
12 |
Nome
aos Bois
|
Arnaldo
Antunes, Marcelo Fromer, Nando Reis, Tony Bellotto
|
13 |
Violência |
Charles Gavin e Sérgio Britto |
Ouça o Disco
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