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terça-feira, 1 de novembro de 2011

#05 Carmen Miranda - As 40 Maiores Cantoras Brasileiras da História


Posição 05 - Carmen Miranda


Foi ela, simplesmente ela... Carmen Miranda foi a primeira cantora que causou uma enorme comoção no Brasil e logo depois ao Mundo, sendo ela a primeira a conquistar um patamar grandioso da Música Brasileira e fazer americanos, portugueses, argentinos e outras nacionalidades aplaudir de pé esta que é uma das Grandes Artistas do Brasil de todos os estilos e na nossa música, a Lusa Brasileiríssima Carmen Miranda alcançou a posição de número cinco entre as Maiores Cantoras. Da nossa Pequena Notável não precisa dizer muito, talvez neste resumo e pelos comentários de críticos e sociedade, conseguimos entender que ela foi muito importante para o Brasil.

Maria do Carmo Miranda da Cunha nasceu em Portugal, na cidade de Marco de Canaveses no dia 9 de fevereiro de 1909, porém veio logo ao Brasil com apenas 18 meses. Sua família viveu no Brasil, especificamente no Rio de Janeiro e Carmen ganhou mais irmãos aqui no Brasil.

Carmen começou a trabalhar cedo, aos 14 anos numa loja de gravatas, mas foi demitida por seu patrão por dizer que ela canta demais. Em 1926, Carmen, que tentava ser artista, apareceu numa fotografia na sessão de cinema da revista Selecta. Em 1929, foi apresentada ao compositor Josué de Barros, que encantado com seu talento passou a promovê-la em editoras e teatros. No mesmo ano, gravou na editora alemã Brunswick, os primeiros discos com o samba "Não Vá Sim'bora" e o choro "Se O Samba é Moda". Pela gravadora Victor, gravou "Triste Jandaia" e "Dona Balbina" ou "Buenas Tardes Muchachos".

Carmen Miranda veio estourar no ano de 1930, quando gravou a marcha "Pra Você Gostar de Mim" ("Taí") de Joubert de Carvalho. Antes do fim do ano, já era apontada pelo jornal O País como "a maior cantora brasileira".

Carmen ajudou a lançar a irmã Aurora na carreira artística em 1933. No mesmo ano, assinou um contrato de dois anos com a rádio Mayrink Veiga para ganhar dois contos de réis por mês, o que hoje equivale a cerca de R$ 1000,00. Foi a primeira cantora de rádio a merecer contrato, quando a praxe era o cachê por participação. Logo recebeu o apelido de "Cantora do It". Em 30 de outubro realizou sua primeira turnê internacional, apresentando-se em Buenos Aires, Argentina.

No ano de 1936, Carmen Miranda deixou a rádio Mayrink Veiga e assinou com a rádio Tupi, ganhando cinco contos de réis. No mesmo ano, Carmen e sua irmã Aurora estrelaram o filme Alô, Alô Carnaval e estouraram com a canção "Cantoras do Rádio". Com o sucesso, logo se integraram ao Cassino da Urca, onde era de grande circulação da alta classe na época no Rio de Janeiro. Em uma de suas apresentações no Cassino da Urca, 1938, houve uma grande possibilidade de apenas Carmen fazer uma turnê nos Estados Unidos, onde o astro de Hollywood, Tyrone Power, oferecia uma boa quantia, mas Carmen recusou ainda mais por ganhar trinta contos de réis e se via satisfeita. Mais pessoas vindas do exterior se interessava pelo grande talento e desenvoltura artística que tinha Carmen até que um casal de americanos Lee Shubert e Sonja Henie ofereceram as melhores condições para uma turnê nos Estados Unidos e em 1939 ela aceitou e por lá foi junto a Banda da Lua a qual acompanhava nos seus shows.

Em 29 de maio de 1939 Carmen estreou no Estados Unidos com o espetáculo Streets of Paris, com êxito estrondoso de público e crítica. As suas participações teatrais junto com a Banda da Lua tornaram-se cada vez mais famosas. Em 5 de março de 1940, fez uma apresentação perante o presidente Franklin D. Roosevelt durante um banquete na Casa Branca.

Em 1940 Carmen volta ao Brasil e voltou as apresentações no Cassino da Urca, mas encontrou uma dificuldade, pois o público considerou Carmen "americanizada" este público era mais crítico, mas depois de dois mêses, Carmen foi aplaudida entusiasticamente por uma plateia comum. Carmen passou a gravar seus últimos discos no Brasil e sempre respondia com humor às acusações de ter esquecido o Brasil e ter-se "americanizado". Um dos sucessos que Carmen gravou no Brasil foram "Voltei pro Morro", "Diz Que Tem" e "Disso é Que Eu Gosto", todas com a mesma temática, ou seja, reafirmar o espírito nacionalista da cantora.

Em 3 de outubro, voltou aos Estados Unidos e gravou a marca de seus sapatos e mãos na Calçada da Fama do Teatro Chinês de Los Angeles.

Nos Estados Unidos, os contratos com as grandes produtoras de Hollywood não a impediam de fazer "shows". Criou fama de competência, pois dificilmente os diretores pediam que suas cenas fossem repetidas, tendo até recebido o apelido de "one take girl", pela facilidade com que se entregava às cenas. Em 1941, na ocasião do lançamento de Uma noite no Rio, foi eleita a melhor atriz do ano pela revista Photoplay. Carmen se apresentou no teatro Winter Garden que ficou pequeno para receber a multidão que compareceu a sua estréia. Nessa época recebeu convite da Decca Records para gravar alguns discos. Ainda em 1941, foi lançado o disco com sua última gravação no Brasil, feita em setembro do ano anterior, disco no qual cantou sucessos como "Blaque-Blaque" e "Ginga-Ginga". Em 1942, estreou com sucesso um show no Roxy Theatre, cuja temporada se estendeu até 1943. Na época da Segunda Guerra Mundial fez inúmeros shows para os operários da indústria bélica. Em 1945, o Tesouro Americano informou que Carmen Miranda passou ater o salário mais bem pago nos Estados Unidos e toda a América. Em 1948, fez excursão com o Bando da Lua, pela primeira vez, à Europa, onde se apresentou no Palladium, de Londres. Na década de 1950 percebia que Carmen tinha sua vida profissional em ritmo alucinante como de grandes cantoras atualmente. Em 1953, fez longa excursão à Europa. Na época declararia aos jornais: "Se me perguntarem o que achei de Roma, Milão, Bruxelas, de Oslo, Helsinque, Copenhague ou Estocolmo, não saberei responder". E falando sobre a excursão às pequenas cidades européias: "... Adorei tudo isso, esforcei-me ainda mais para agradar a esse público assim tão sincero, mas acabei esgotada. Fiz o resto da viagem, e das minhas apresentações, já fortemente abalada". Na volta aos Estados Unidos, seu médico a aconselhou a tirar férias por três meses. Apesar do alerta, assinou contrato para 12 shows no Shamrock Hotel de Houston. No início de 1954, depois de outras temporadas de shows, teve um colapso nervoso e foi internada. Na época, submeteu-se a tratamento psiquiátrico, incluindo choques elétricos, que acabaram por abatê-la psicologicamente ainda mais. Como os tratamentos não surtiram efeito, os médicos aconselharam uma viagem ao Brasil. Depois de relutar, ela chegou ao Brasil em 3 de dezembro de 1954, recebida por amigos e público com muito carinho. Passou semanas longe das badalações. Aos poucos, começou a aceitar convites para festas e para assistir a espetáculos. Num show de Grande Otelo na boate Casablanca, chegou a subir ao palco com o amigo e cantar, em meio às lágrimas, a célebre "Taí". Compareceu a vários shows, sempre sendo homenageada por todos, mas também homenageando talentos novos que a haviam impressionado, como Ângela Maria e Elizeth Cardoso. Apesar de seu desejo de permanecer no Brasil, telefonemas de David Sebastian instigaram a cantora a voltar para a América. Ao se despedir, declarou: "Quando vocês menos esperarem, mais depressa do que pensam, estou dando as caras - e então para ficar". Nos Estados Unidos voltou aos poucos a assumir compromissos. Fez shows em Las Vegas e viajou a Cuba, para uma temporada no famoso Tropicana. Voltou aos EUA com forte bronquite e nem teve tempo de curar-se para os ensaios de um show televisivo que faria. No último dia de filmagem do show de Jimmy Durante para a TV americana, sentiu-se mal, sussurrando baixinho: "Jimmy, estou com falta de ar". Depois da gravação, a cantora saiu com um grupo de amigos para uma esticada. Depois de irem à inauguração do primeiro restaurante brasileiro nos Estados Unidos, a Casa do Brasil, assistiram à dublagem do filme A Dama e o Vagabundo, de Walt Disney. Chegando em casa, o grupo ainda conversou um pouco. Por volta de duas e meia da manhã, recolheu-se a seu quarto. Às 10 horas do dia seguinte foi encontrada morta pela governanta. O enterro foi no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro e na caminhada até o cemitério foi acompanhado por cerca de meio milhão de pessoas que cantavam esporadicamente, em surdina, "Taí".

Carmen então passou a ser homenageada pelo povo, pelos governates que criaram o Museu Carmen Miranda e anos mais tarde mais homenagens eram surgidas no Rio de Janeiro como um memorial e discos póstumos lançados.

A influência que Carmen Miranda teve em relação à novas artístas foi notória, nos grandes programas de rádio várias músicas cantadas eram em refrências a Carmen Miranda e o estilo de cantar era como o da cantora. Anos passando e mais cantoras como da era do Tropicalismo foram influenciados por todo estilo de Carmen Miranda, desde ao figurino, cores, criando uma identidade própria a seguir. Festivais da música representados no Brasil sempre rendiam homenagens a Carmen Miranda nos anos 80, 90 e 2000.

Carmen Miranda até hoje é um dos nomes mais lembrados da música brasileira e suas músicas ainda são cantadas por grandes cantoras e atrizes de nosso país, pois foi ela que apresentou de forma artística o Brasil por Estados Unidos e Europa e hoje muito de nossas cantoras tem algo de Carmen Miranda, seja no estilo, na voz, na personalidade, na identidade, no balancê e no sucesso. Carmen Miranda ainda é uma lembrança viva dentro de nós.

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