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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Revista Serafina fotografa Marisa Monte


A cantora Marisa Monte foi fotografada para um especial da Revista Serafina que pertence ao Folha de São Paulo. No ensaio e na entrevista ela fala sobre seu novo álbum "O que Você Quer Saber de Verdade", lançado dia 31 de outubro. Outro assunto na entrevista é sobre suas raras aparições na mídia, pois Marisa estava querendo sossego, pois segundo ela "Trabalhei demais até os 35. Tinha turnê de 80 shows que acabava tendo 120. Não quero mais isso, não".



O bom para nós, fãs de Marisa é que quando ela aparece na mídia, é sempre certo que algo bom vem, como foi o caso do lançamento do seu oitava álbum que era bem aguardado pelos fãs.

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DONA DO NARIZ

Mesmo: Marisa é a feliz proprietária de tudo o que gravou na vida. São 115 obras e 310 fonogramas que lançou desde 1987, quando iniciou o ofício. Conquistou a independência de fazer o que quer.

Isso permite que ela hoje escolha o que grava e o que lança e relança. Sem alarde nem avisar gravadora. O novo álbum, por exemplo, foi gravado em seis meses, com viagens a São Paulo, Nova York, Los Angeles e Buenos Aires.

Ela diz no site oficial que o CD é seu oitavo. Exclui da conta "Infinito ao meu Redor" (2008), trilha do documentário autobiográfico de mesmo nome, e "Tribalistas" (2002), com Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes. "É um projeto coletivo", explica ela na página da internet.

Por mais que negue "Tribalistas" como obra própria, é desse álbum que saiu "Velha Infância", a música mais executada de sua carreira no rádio, tanto na categoria compositora quanto como cantora, atesta levantamento feito pelo Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) para a Serafina.

Para o CD, Marisa aprendeu a "falar" com um novo instrumento. "Ela descobriu no uquelele uma maneira de se expressar que tem muito a ver com ela", diz Adriana Calcanhotto, amiga de Marisa desde que esta foi ver sua primeira apresentação no Rio, em 1989.

O instrumento é primo havaiano do machete. "Os portugueses levaram a viola, chamada de braguinha, para a ilha no fim do século 19", diz o luthier Marcelo Silva, que produz uqueleles. "É como se fosse um cavaquinho, bem brasileiro, mas virado ao contrário."

É que as cordas do uquelele fazem o caminho inverso dos outros parentes do violão: as de cima são as primas, de som mais agudo, e as de baixo são os bordões, notas mais graves. A inversão da lógica no instrumento em que ela diz ter se encontrado vale também para sua carreira.



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