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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Carnaval do Rio de Janeiro 2017 | Beija-Flor de Nilópolis - Enredo, Destaques e Dados



"A Virgem dos lábios de mel - Iracema"



FICHA TÉCNICA


Presidente Carnavalesco
Farid Abrahão David Comissão de Carnaval


Intérprete Diretor de Bateria
Neguinho da Beija-Flor Mestre Plínio e Mestre Rodney 


Rainha da Bateria Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Raíssa de Oliveira Claudinho e Selminha 


Fundação Títulos
25 de dezembro de 1948 13




SINOPSE


Poema em prosa.

Romance, poesia, heroísmo, lirismo, história.

Vestal consagrada à luz de Tupã – o Deus Criador, Iracema, a Virgem dos Lábios de Mel, inocente criatura, cujo o sorriso era mais doce que o favo da jati, nasceu no paraíso intocado, berço da terra selvagem.

Filha da floresta, mais rápida que a ema silvestre, cujos cabelos eram mais negros que as asas da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira, a sacerdotisa é símbolo da mais cândida pureza.

Em meio ao verde das matas, à natureza exuberante, sob a luz das estrelas, no meio do caminho, o esplendor do encontro da natureza com a civilização – Iracema e Martim, a flor e o espinho.

Iracema… Menina mulher, sinuosa e faceira; é ela quem atira a flecha certeira. Em seu semblante resplandece a face de uma típica nativa da América*.

Bela tal qual uma pintura, ainda casta e pura, revela quase ingênua sensualidade desnuda, desenhada nas curvas perfeitas de seus seios e quadris.

A joia do Senhor das Aldeias, guardiã do segredo da Jurema, se resguarda, se preserva, se mantém intacta, até encontrar o mais sublime amor. Então, apaixonada, enfim, se entrega. Entoam acordes dissonantes, explode a paixão pulsante. Mas registre-se: não se trata só do prazer da carne, é um momento mágico, ansiado, aguardado, desejado. Uma questão de se perder para se encontrar…

Então, o fogo do entusiasmo acende um interesse vivo, a vontade de realizar, o ardor do querer, satisfazer de prazer. Duas raças se unem. Ele, o lenço; ela, o vento. Sedução, ternura, encanto. O despertar de ardentes desejos viris… O sangue correndo nas veias revela fertilidade. De dois, faz-se um só ser.

Tabajaras, Pitiguaras, europeus. Lanças, lástima, conflito e batalha. Pele branca e pele vermelha; terra branca, sangue vermelho… Uma mistura de tons e sons, do mel e do fel.

Essa ópera indianista de rara beleza, que se desenrola num cenário multicor, revela a semente fecunda, o milagre da vida, o nascimento de Moacir, o primeiro brasileiro mestiço.

Iracema não resiste… Mas nada de tristeza, Iracema persiste!!! Existe em cada pedacinho de terra, e nas veias de cada filho desse chão. É a história viva, signo de um povo! O Ceará sempre será Iracema!!!

E nós, somos uma legião de guerreiros da tribo Beija-Flor!!! Temos uma fé inabalável, e cremos na força de Tupã!!! Respeitamos a magia do som do trovão, o rufar dos tambores, e a marcação dos passos no chão, em perfeita sincronia, legado deixado pelos nossos ancestrais, valentes e legítimos donos da terra. Tal qual um exército defendendo o pavilhão azul e branco, iremos saudar Iracema, a Virgem dos Lábios de Mel, a Lenda do Ceará!!!



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