"A Virgem dos lábios de mel - Iracema"
FICHA TÉCNICA | |
Presidente | Carnavalesco |
Farid Abrahão David | Comissão de Carnaval |
Intérprete | Diretor de Bateria |
Neguinho da Beija-Flor | Mestre Plínio e Mestre Rodney |
Rainha da Bateria | Mestre-Sala e Porta-Bandeira |
Raíssa de Oliveira | Claudinho e Selminha |
Fundação | Títulos |
25 de dezembro de 1948 | 13 |
SINOPSE
Poema em prosa.
Romance, poesia, heroísmo, lirismo, história.
Vestal consagrada à luz de Tupã – o Deus Criador, Iracema, a Virgem dos Lábios de Mel, inocente criatura, cujo o sorriso era mais doce que o favo da jati, nasceu no paraíso intocado, berço da terra selvagem.
Filha da floresta, mais rápida que a ema silvestre, cujos cabelos eram mais negros que as asas da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira, a sacerdotisa é símbolo da mais cândida pureza.
Em meio ao verde das matas, à natureza exuberante, sob a luz das estrelas, no meio do caminho, o esplendor do encontro da natureza com a civilização – Iracema e Martim, a flor e o espinho.
Iracema… Menina mulher, sinuosa e faceira; é ela quem atira a flecha certeira. Em seu semblante resplandece a face de uma típica nativa da América*.
Bela tal qual uma pintura, ainda casta e pura, revela quase ingênua sensualidade desnuda, desenhada nas curvas perfeitas de seus seios e quadris.
A joia do Senhor das Aldeias, guardiã do segredo da Jurema, se resguarda, se preserva, se mantém intacta, até encontrar o mais sublime amor. Então, apaixonada, enfim, se entrega. Entoam acordes dissonantes, explode a paixão pulsante. Mas registre-se: não se trata só do prazer da carne, é um momento mágico, ansiado, aguardado, desejado. Uma questão de se perder para se encontrar…
Então, o fogo do entusiasmo acende um interesse vivo, a vontade de realizar, o ardor do querer, satisfazer de prazer. Duas raças se unem. Ele, o lenço; ela, o vento. Sedução, ternura, encanto. O despertar de ardentes desejos viris… O sangue correndo nas veias revela fertilidade. De dois, faz-se um só ser.
Tabajaras, Pitiguaras, europeus. Lanças, lástima, conflito e batalha. Pele branca e pele vermelha; terra branca, sangue vermelho… Uma mistura de tons e sons, do mel e do fel.
Essa ópera indianista de rara beleza, que se desenrola num cenário multicor, revela a semente fecunda, o milagre da vida, o nascimento de Moacir, o primeiro brasileiro mestiço.
Iracema não resiste… Mas nada de tristeza, Iracema persiste!!! Existe em cada pedacinho de terra, e nas veias de cada filho desse chão. É a história viva, signo de um povo! O Ceará sempre será Iracema!!!
E nós, somos uma legião de guerreiros da tribo Beija-Flor!!! Temos uma fé inabalável, e cremos na força de Tupã!!! Respeitamos a magia do som do trovão, o rufar dos tambores, e a marcação dos passos no chão, em perfeita sincronia, legado deixado pelos nossos ancestrais, valentes e legítimos donos da terra. Tal qual um exército defendendo o pavilhão azul e branco, iremos saudar Iracema, a Virgem dos Lábios de Mel, a Lenda do Ceará!!!
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