Posição 15 - Beth Carvalho
Um dos maiores nomes do ritmo que foi praticamente criado e aperfeiçoado por vários nomes, esta cantora sem dúvida foi uma das mulheres que mais levantou o nome do Samba, e até hoje é um estilo musical respeitado e o nome de Beth Carvalho é um dos mais lembrados quando se trata de uma personalidade do Samba, mas como cantora divulgou bem nosso país e lançou álbum e canções históricas. Para completar Beth lançou artistas que hoje são considerados grandes nomes do Samba, veja quem são estes sambistas e curta um pouco sobre Beth Carvalho, nossa 15ª cantora mais importante do Brasil.
Elizabeth Santos Leal de Carvalho nasceu no dia 5 de maio de 1946 na cidade do Rio de Janeiro e começou a gostar de música aos oito anos após ganhar um violão da mãe e acompanhava sua avó que tocava bandolim e violão, e Beth adorava ouvir artistas como Sílvio Caldas, Elizeth Cardoso e Aracy de Almeida.
A carreira de Beth Carvalho se originou na Bossa Nova. No início de 1968 participou no movimento Música Nossa. Os espetáculos eram realizados no Teatro Santa Rosa, em Ipanema, onde teve a oportunidade de gravar uma das suas canções "O Som e o Tempo" e logo gravou um disco Pessoas ligadas ao Samba como Nelson Sargentelli passou a acreditar no grande talento que tinha Beth e passou a convidar e indicá-la para festivais de Samba ou Bossa Nova, tendo mais amplitude em sua carreira.
A partir de 1973, passou a lançar um disco por ano como Para Seu Governo, Pandeiro e Viola, De Pé No Chão e se tornou sucesso de vendas, emplacando vários sucessos como “1.800 Colinas”, “Saco de Feijão”, “Olho por Olho”, “Coisinha do Pai”, “Firme e Forte”, "As Rosas Não Falam" e “Vou Festejar”.
Frequentadora assídua dos pagodes, entre eles os do Cacique de Ramos, Beth Carvalho revelou artistas como o grupo Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Sombra, Sombrinha, Arlindo Cruz, Luis Carlos da Vila, Jorge Aragão e muitos outros, mas os destacados hoje são os considerados grandes nomes do Samba. Por essa característica, Beth ganhou a alcunha de "Madrinha do Samba". Mais do que isso, a cantora trouxe um novo som ao samba, porque introduziu em seus shows e discos instrumentos como o banjo com afinação de cavaquinho, o tan-tan e o repique de mão, que até então eram utilizados exclusivamente nos pagodes do Cacique, ou seja, Beth re-criaria o Samba novamente.
A partir daí, esta sonoridade se proliferou por todo o país e Beth passou a ser chamada de Madrinha do Pagode. Sambista de maior prestígio e popularidade do Brasil, é aclamada também como Diva dos Terreiros e Rainha do Samba.
Até aqui, são 42 anos de carreira, 31 discos, 2 DVDs, reconhecimento nacional e internacional e apresentações em diversas cidades do mundo: Angola, Atenas (onde representou o Brasil no festival “Olimpíada Mundial da Canção”), Berlim, Boston (na Universidade de Harvard), Buenos Aires, Espinho, Frankfurt, Munique, Johannesburgo, Lisboa, Lobito, Luanda, Madri, Miami, Montevidéu, Montreux (onde participou do famoso festival em 87, 89 e 2005), Nice, New Jersey, Nova York (no Carnegie Hall), Newark, Paris, Punta del Este, São Francisco, Soweto, Varadero (Cuba), Zurique, Milão, Padova, Toulouse, Viena e Japão, embora nunca tenha feito shows, vende milhares de cópias de CDs e tem sua carreira musical incluída no currículo escolar da Faculdade de Música de Kyoto.
Beth Carvalho tem 6 Prêmios Sharp, 17 Discos de Ouro, 9 de Platina, 1 DVD de platina, centenas de troféus e premiações diversas. E alguns críticos a consideram como uma das cinco maiores cantoras do Brasil.
Em 1997, viu a música “Coisinha do Pai”, grande sucesso de seu repertório, ser tocada no espaço sideral, quando a engenheira brasileira da Nasa Jacqueline Lyra, programou para ‘acordar’ o robô em Marte.
Sobre Beth Carvalho não precisa falar muito de seus discos e sim pela voz, influência, musicalidade, inteligência e trajetória que é um dos maiores de todos os tempos, mas infelizmente Beth passa por um problema pessoal de saúde, mas quando pode faz shows sentada, mas tem sempre os aplausos de pé de seu público.
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