“Andar Com Fé Eu Vou... Que a Fé Não Costuma Falhar!”
Desenvolvimento do Enredo
Setor 1
Fé... Acreditar no Que os Olhos Não Veem!
Setor 2
Religiões... Arrebanhando Almas em Nome da Fé
Setor 3
Fé no Sobrenatural – Bruxaria ou Verdade?... Cada Um Acredita no Que Quiser, ou Precisar!
Setor 4
A Crença nas Previsões... Meu Caminho Traçado!
Setor 5
A Esperança na Fé Que Move Montanhas... Eu Ainda ‘Boto’ Fé!
Sinopse do Enredo
Sob a luz do carnaval, a Mocidade Alegre lança seu olhar sobre uma das mais belas emoções que movem a humanidade: a Fé.
Esse sentimento que sabemos entender e vivenciar, mas não conseguimos explicar, é verdadeiro, confiante, apaixonado... Guarda seus mistérios e gera uma força incomparável que desconhece limites... Pois até quem não tem fé em nada, tem fé que o nada existe!
E a Morada do Samba, alegre por trazer em seu cortejo uma legião de sambistas fervorosos, agradece a cada um deles, pois é da soma desses milhares de corações – que sambam e cantam em forma de prece – que vem a nossa força maior, a nossa fé!
É assim que vamos superar o impossível e realizar a nossa missão,
Avante, Família Mocidade Alegre!
Setor 1 – Fé... Acreditar no Que os Olhos Não Veem!
“Me disseram, porém
que eu viesse aqui
pra pedir de romaria e prece paz nos desaventos
como eu não sei rezar
só queria mostrar
meu olhar, meu olhar, meu olhar”
(“Romaria”, de Renato Teixeira)
A fé acredita sem ver, e é isso que a torna tão misteriosa. O fiel peregrino, ao trilhar por esse caminho em busca pela luz divina, mostra sua devoção, ardente e inquieta como a chama das velas que brilham e choram por súplica ou por gratidão, ligando o humano ao divino,
Nesse cortejo em forma de romaria, é como se cada vela fosse acesa pelo calor do coração de cada fiel, tamanho é o sentimento de quem a oferece,
É a fé ardente, que nos conduz ao estado de plenitude e profunda devoção... É a fé!
Setor 2 – Religiões... Arrebanhando Almas em Nome da Fé
“As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto.
Que importância faz se seguimos por caminhos diferentes,
desde que alcancemos o mesmo objetivo?”
(Mahatma Gandhi)
O ser humano – no encontro do sentido de sua existência – sempre buscou, dentro de cada sociedade, outras pessoas que compartilham da mesma fé, formando a religiosidade. A civilização construiu sua história em torno de diversas religiões que até hoje se mantém vivas. Cada povo antigo instituiu sua fé do seu jeito, com sua linguagem, seus ritos. Grandes templos foram construídos e muitas vezes o líder espiritual também foi o líder político e militar, tido e havido como o representante único de Deus – ou dos deuses – sobre a Terra.
Cada religião gerou um código de identidade entre seus seguidores, uma linguagem que se mostrava em vestimentas, gestos, atitudes e formas de se ver o mundo. Muitas delas também criaram escrituras litúrgicas, como um código escrito, sagrado, absoluto, cuja desobediência pode ser considerada um pecado.
Uma grande promessa é recorrente nas mais diversas religiões: O encontro com a paz e a felicidade eternas, em algum lugar, em algum tempo, que se desconhece e nem por isso enfraquece a crença das almas arrebanhadas em nome da fé... Afinal, o medo de cometer pecado e, como consequência, perder o lugar no paraíso sonhado, fez com que muitos fiéis fossem guiados pelo anseio da eternidade prometida!
Setor 3 – Fé no Sobrenatural – Bruxaria ou Verdade?
Cada Um Acredita no Que Quiser, ou Precisar!
“Eu vou me banhar de manjericão
Vou sacudir a poeira do corpo batendo com a mão
E vou voltar lá pro meu congado
Pra pedir pro santo
Pra rezar quebranto
Cortar mau olhado”
(“Banho de Manjericão”, de João Nogueira e Paulo César Pinheiro)
O fascínio pelo sobrenatural também tem seus fiéis, seja nas xamânicas pajelanças caboclas, nas senhoras benzedeiras que conhecem ervas e rezas fortes para tudo... Seja nos terreiros das cidades, com a incorporação de “guias”, que consolam o coração e dão coragem a quem acredita, que retribui com cantos e oferendas. Nas mesas brancas, mensagens do além confortam quem sente saudades de ‘quem passou para lado de lá’ e o ‘passe espiritual’ renova as energias.
No sobrenatural, encontramos também as milenares superstições... O medo de gato preto, do espelho quebrado ou ainda de passar por debaixo da escada... E para espantar o azar e o mau olhado, nada melhor que patuás, amuletos e até mesmo um bom talismã!
Tem quem acredite em duendes ou ainda na capacidade de cura dos cristais, que absorvem a energia negativa e a devolvem para a terra. Na cromoterapia, a própria força das cores pode curar e prevenir doenças.
A crença na magia e no esoterismo seriam frutos da bruxaria ou da ancestralidade humana, que guarda segredos e espera sempre por soluções mágicas através de poderes sobrenaturais? Afinal, cada um acredita no que quiser, ou precisar!
Setor 4 – A Crença nas Previsões... Meu Caminho Traçado
“Já está escrito, já está previsto
Por todas as videntes, pelas cartomantes
Tá tudo nas cartas, em todas as estrelas
No jogo dos búzios e nas profecias”
(“Cartomante”, de Ivan Lins)
A tentação de prever o futuro também move a fé de muitas pessoas. É como se o caminho de cada um de nós já estivesse traçado e, através de oráculos, pudéssemos saber o que nos espera.
Quantos de nós não começamos o dia sem antes ler o horóscopo? Ou então, quando temos aquele probleminha no emprego, não recorremos a um bom jogo de búzios ou a um numerólogo?
E a mística e mágica figura das ciganas, que vivem de descobrir o destino das pessoas lendo as linhas das suas mãos ou até mesmo através das cartas de tarô?
A crença nas previsões também gerou o surgimento do que podemos chamar de “mercado da fé”, onde nos deparamos com poções milagrosas, soluções momentâneas e anúncios folclóricos, tais como “Chá Que Levanta Defunto”, “Banho do Emprego”, “Faço Amarrações do Amor” e “Trago Seu Amor de Volta em Sete Dias”
A fé na bonança do porvir é fruto da necessidade humana de acreditar que o futuro será brilhante e, mesmo que o presente seja difícil, é acreditando que fazemos por merecer as melhoras tão sonhadas,
Aos que creem nas previsões, o futuro está traçado e a luz da fé é o caminho a ser seguido!
Setor 5 – A Esperança na Fé Que Move Montanhas... Eu Ainda ‘Boto’ Fé!
“Se eu não for por mim, quem irá por mim?
Se eu for só por mim, quem serei eu?
E se eu não for agora, então quando?”
(Rabino Hillel)
A fé é uma emoção interior, íntima, vivencial. Cada coração sabe compreender o que, para que e como acredita. Em se tratando de fé, para algo ser verdadeiro basta que alguém acredite. É assim que o impossível se torna possível: doenças são curadas, graças são conseguidas, limites são superados.
E a esperança, outra característica nossa, nos conduz à “boa fé”: nas pessoas, na política, na família, no bem, na vida, no futuro! Se nos jogos de loterias muitos apostam fazendo sua “fezinha”, no carnaval uma escola de samba é uma demonstração de comunhão, de tolerância e de muita fé!
Nesses tempos modernos de comunicação na velocidade da luz, muitas pessoas preferem viver a fé à sua própria maneira, não se comprometendo com nenhuma religião, descobrindo que o Universo inteiro cabe dentro de seu pensamento, da sua mente e do seu coração. E assim, você pode romper barreiras, superar limites e buscar a elevação espiritual, pois há um templo em cada um de nós, permitindo-nos conhecer a força do Deus interior – único, verdadeiro e iluminado – que liberta a alma e aponta o caminho...
Afinal, esteja você diante da grandeza do Universo ou na infinitude da sua força interior, o mais importante é...
Andar com fé... Que a fé não costuma falhar... Jamais!
“Andar com fé eu vou...
Que a fé não costuma ‘faiá’”
(“Andar Com Fé”, de Gilberto Gil)
Aos Compositores:
Faça do seu amor ao samba a luz da divina inspiração, traduzindo a fé ardente que brota dos corações dos poetas nos mais belos versos e melodias... Que seu samba seja uma prece imortal na voz do povo, na magia da festa, do nosso carnaval!
Muita luz e paz a todos... Boa sorte e fé!
Sidnei França e Departamento Cultural
G.R.C.E.S. Mocidade Alegre – A “Morada do Samba” – 04 de Junho de 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário