"Memórias do “Pai Arraia” – Um sonho pernambucano, um legado brasileiro"
Compositores: Martinho da Vila, André Diniz, Mart’nália, Arlindo Cruz e Leonel
Intérprete: Igor Sorriso
Meus olhos ficavam rasos d’água
a seca minha alma castigava
o sol queimava e rachava o chão
até os carcarás sofriam no sertão
cresci, sonhando renovar os sonhos
revitalizar a vida
que se equilibra sobre palafita
dar pra gente tão sofrida
Dignidade e amor
Acordei o campo pra haver justiça
com o futuro santo, fé nos ideais
despertei o povo para um novo dia
brotou esperança nos canaviais
Com ternura me chamavam Pai Arraia
onde os arrecifes desenham a praia
um sentimento no coração, no pensamento, soluções reais
liberdade se conquista com educação
juntei os artistas e intelectuais
Pra fazer a cartilha no cordel
ensinar, abraçar a profissão
buscando na arte a inspiração
Tão bom cantarolar, me emocionar, estar aqui
pra ver na avenida, meu valor na mensageira Vila
gente aguerrida que defende a tradição do seu lugar
um movimento de cultura popular
Vem dançar o frevo e a ciranda
silenciar jamais!!!
tem maracatu na batucada
e o galo da madrugada misturando carnavais
Análise do Samba
Mais um daqueles sambas que são difíceis de analisar por conta da complexidade de palavras e uma melhor compreensão do enredo, mas rapidamente ouvindo algumas vezes percebemos uma boa ligação da letra com a sinopse. A Unidos de Vila Isabel terá nesse ano uma homenagem a Miguel Arraes e falará também do seu estado por onde trabalhou na política que é em Pernambuco, ou seja, a terra é do frevo, maracatu, galo da madrugada e tudo isso estará incluso no samba e logo no refrão é citado e aliás o refrão é maravilhoso e empolgante, o segundo refrão também, mas não tinha cara de refrão e houve ai uma minúscula de melodia. O restante da letra tem uma forma bem simples e coesa misturando a história não só do homenageado, mas de muitos pernambucanos. Nos vocais temos um dos melhores nomes do carnaval que é Igor Sorriso que estreia na escola e veio com tudo com uma bela interpretação.
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